Por Denise Chrispim Marin e Lourival Sant’Anna, no Estadão.
rapidamente. A proposta de anistia prevista no Acordo de San José, a base da negociação de uma saída para a crise política de Honduras, tornou-se mais um entrave nas negociações, segundo apurou o Estado. O presidente Manuel Zelaya, deposto em 28 de junho por um golpe de Estado, quer ampliar o escopo desse perdão – que originariamente se limitaria a crimes políticos – para abarcar outros delitos que pesam contra ele na Justiça. Entre eles, a retirada de cerca de 40 milhões de lempiras (US$ 2,13 milhões) do Banco Central de Honduras para financiar o plebiscito que acabou não ocorrendo em junho.
O governo de facto, presidido por Roberto Micheletti, resiste tanto a aceitar a ampliação da anistia quanto o retorno de Zelaya ao poder, que é o tópico central do Acordo de San José.
No vértice dessa crise, a Frente Nacional de Resistência (FNR) insiste que a convocação de uma Assembleia Constituinte esteja presente em qualquer que seja a solução aprovada.
Apesar das declarações dos três lados sobre os “avanços no diálogo”, as divergências ainda são acentuadas. Nesse cenário ainda indefinido, o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, e chanceleres de cerca de dez países-membros esperam abrir um rápido processo de negociação a partir de quarta-feira, quando desembarcarão em Tegucigalpa. Até ontem, não estava definida nem mesmo uma pré-agenda para a visita.
“Em princípio, está confirmada a vinda da missão. Esperamos que a viagem dos chanceleres traga resultado positivo para a solução dessa crise. Senão, não teria sentido”, disse ontem Victor Rico, secretário de Assuntos Políticos da OEA. “Sem dúvida, os hondurenhos consideram que (o acordo) pode ser modificado. Isso é factível porque aqui não há nada escrito em pedra nem em bronze.” Aqui
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Alguma dúvida de que a comunidade internacional se mobilizou em favor de um lunático e… ladrão?
0 Respostas to “Zelaya agora quer anistia também para crimes como roubo dos cofres públicos…”